domingo, 13 de março de 2011

Côncavo) (Convexo

Agora
Encontro-me
Entre o mar e a montanha
E cada vez mais descubro o quanto aprecio
"O bacana, o dourado, o esperto, o sexy, o direto
O que tem sotaque, o alegre, o sangue quente
As cidades misturadas
A roda de samba
O caos"


Sob tantos graus quase nada é impossível
Os azuis do céu e do oceano tangem-se e mesclam-se num só
Somam-se o verde da serra, o amarelo do sol e o bronze da gente bonita
Juntas elas criam uma aquarela surreal e causam
Uma sinestesia absoluta e total


Mas como de perto nada é perfeito
Numa aproximação comprovamos que o azul é amarelo
Que o lúdico pode ser efêmero e que nem tudo é assim tão belo


O arrastar dos dias traz consigo a mesmice
Tudo vai esmorecendo
E o alento?


Já que não me cabe pensar num fim
Ainda quero-te mesmo assim
E dedico esta ode a ti.


F.

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