Acordei com aquela sede de ler. Li; e tão logo deu vontade de escrever. E agora te escreverei tudo o que me vier à mente com o menor policiamento possível. Espera! Jogar palavras ao esmo? Melhor não. É preciso coragem para escrever o que me vem: nunca se sabe o que pode vir e assustar. É que as palavras... palavras - movo-me com cuidado entre elas que podem se tornar ameaçadoras. Por hora, limitar-me-ei a expressar a mim e a ti os meus desejos mais ocultos e consigo com as palavras uma orgíaca beleza confusa.
Bem, com isso tentei transmitir algo que urge ser levado adiante, mas se acaso tenha falhado, paciência. Chega mais perto e... Ouve-me, ouve meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa.
E eu que detesto domingo por ser oco.
F.
Recife, 5 de janeiro de 2014.